quinta-feira

Os perigos da distração




  • As interrupções consomem 28% do dia de um funcionário
  • Um trabalhador do conhecimento troca de atividade a cada três minutos, incluindo o uso de celulares, e-mails e mensagens instantâneas. Uma vez distraído, leva quase meia hora para reassumir o trabalho original
  • Aqueles cujo trabalho é rotineiramente interrompido costumam ficar mais frustrados e sofrer de estresse intenso
  • Sob a pressão dos prazos, os trabalhadores são mais criativos quando estão focados, não quando estão dispersos ou são interrompidos
  • Quando assistem TV, os pais interagem 20% menos com seus filhos e passam a dar respostas automáticas a qualquer coisa que digam

Essas informações fazem parte do livro “Distracted: The Erosion of Attention and the Coming Dark Age”, de Maggie Jackson, que foram divulgadas pela Revista Época Negócios*.

Você pode dizer (como eu mesma) que isso tudo já sabíamos... porém vale ressaltar que Maggie realizou pesquisas comprobatórias desses fenômenos, ou seja, não ficou apenas no empirismo. Precisamos ser mais “pesquisadores” no Brasil e este é um ótimo exemplo a ser seguido. Afinal de contas, material é o que não nos falta. Alguém discorda?

Amir Raz, neurocientista da McGill University, afirma que “se você tem um bom controle da atenção, pode dominar seu processo cognitivo, conter mais suas emoções e articular melhor suas ações”.

Das empresas que começaram a dar importância ao fenômeno, a IBM é citada. A idéia proposta: “sextas-feiras de reflexão”. Nela os funcionários deixam de consultar e-mails e são impedidos de participar de reuniões. Tudo para permitir que o pensamento criativo aconteça sem maiores obstáculos.

Maggie Jackson sugere a meditação como uma das saídas para aumentar a capacidade de atenção, mas também há outras formas de consegui-la. Quer ver? Jogar RPG, tênis ou certos jogos de vídeo game; escrever textos ou poesias; pesquisar assuntos na Internet; praticar artes marciais. É só lembrar daquilo que “desliga” você do mundo e poderá ser um potencial exercício para aumentar sua capacidade de concentração.

Osho propôs inúmeras técnicas de meditação em suas obras. Há uma, pequena (você pode encontrá-la em sebos ou no Mercado Livre) chamada “O Livro Orange”. Nada contra as “meditações paradas”, mas foge um tanto do meu jeito de ser. Se eu puder meditar com algum movimento, tanto melhor. Vejo essas sugestões de Osho como meditações ativas. Separei uma bem legal:


Meditação do Riso**
Todas as manhãs, ao acordar, antes de abrir os olhos, espreguice-se como um gato. Estique cada fibra do seu corpo. Após três ou quatro minutos, com os olhos ainda fechados, comece a rir. Durante cinco minutos, simplesmente, ria. No início você terá que fazer isso acontecer, mas logo o próprio som da sua tentativa causará um riso verdadeiro. Perca-se no riso. Pode levar alguns dias antes que ele realmente aconteça, pois você não está muito acostumado com esse fenômeno. Mas logo ele será espontâneo e mudará toda a natureza do seu dia.



Bjoks e até breve!

* “Não se distraia. A vítima pode se você”, título da matéria editada por Marcelo Coppola, edição agosto 2008. O site da revista é ótimo, porém não apresenta o conteúdo da revista impressa. http://epocanegocios.globo.com
** “O Livro Orange – As Técnicas de Meditação de Bhagwan Shree Rajneesh”, Soma Arte e Edições, 1982, p. 22. O autor também é conhecido como Osho.

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