Mau Humor Pega?

Um diretor de empresa passava por uma crise conjugal. Certa noite, por um motivo banal, ele e a esposa brigaram. Não dormiram na mesma cama. Pela manhã ele saiu para trabalhar com raiva e péssimo humor. Passou com o carro pela portaria do prédio sem cumprimentar ninguém.

Chegando à empresa entrou direto na sua sala e mandou a secretária chamar o Gerente. Cobranças de produção e ofensas ao profissional foram a tônica da reunião. Imagina o humor do Gerente! Portanto, assim que chegou à produção chamou o Líder que foi rápida e intensamente esculhambado.
 Agora o humor do Líder estava contaminado. Poderia descontar e foi o que fez. Chamou o Operador de Máquinas e deu-lhe a maior bronca na frente de todos. Ofendido, ouviu cobranças absurdas e, claro, foi intoxicado pelo mau humor. Por isso, ao invés das 100 peças costumeiras só conseguiu produzir 70.

No final do dia o Operador foi para casa naquele estado. Sua mulher havia feito um bolo de chocolate, doce que mais gosta. Sem pestanejar, olhou para o bolo e disse à esposa:
- Já ganho pouco e você ainda gasta em doces?

A mulher, entre raivosa e triste, jogou o bolo no lixo, um pouco antes do filho pedir-lhe um pedaço. Sem saber o motivo, o menino ganhou uma bronca da mãe.

E o moleque se contaminou com o mau humor. Saiu nervoso da cozinha, brigou o cachorro e chutou um gato na rua. Ferido, andando aos tropeços e agora intoxicado, o gato encontrou um rato que estava fazendo seu passeio noturno. Distraído, o rato foi atacado pelo gato. Saiu vivo, porém sem parte do rabo. Entrou correndo na toca e a ratinha que, sem notar a ausência do rabo e o humor do rato, começou a fazer-lhe cócegas. A rejeição foi imediata:
- Pare com isso! Você não está vendo o que aconteceu ao meu rabo?

E a ratinha, por sua vez, ficou contaminada...


Esse texto foi inspirado no livro “104 erros que um casal pode cometer”, de Josué Gonçalves, Editora Mensagem para Todos. Apesar de ser voltado a casais, pode ser facilmente adaptado a qualquer relacionamento.

Quantas vezes nos contaminamos com o mau humor alheio, sem perceber? Ninguém está livre disso. O mau humor só cessa quando alguém interrompe essa ‘corrente ruim de energia’. Esse alguém pode ser você!

Quantas vezes ouve calamidades que não precisa? E quantas outras repassa sem necessidade, apenas porque ouviu e precisa despejar em alguém? Por que é tão difícil “segurar o tranco” e não descontar no outro?

Nas nossas relações pessoais e profissionais essa situação é comum: uma escalada incessante de contágio de mau humor, que leva a processos de tensão, raiva, estresse, falta de tolerância e compreensão.
O mau humor existe e não precisa ser contagioso. Tente: ao ser alvo de um ataque de mal humorado, reaja com uma dose extra de bom humor. Pense nisso.